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Hunter Nash and Tanner Valentino fuck

Hunter Nash era um relojoeiro de mãos firmes e coração quieto. Seu mundo era feito de engrenagens minúsculas, de silêncios precisos e da poeira dourada do tempo que se acumulava sobre mesas de carvalho. A loja, “O Tique-Taque Eterno”, cheirava a óleo e madeira envernizada, um refúgio contra a agitação da cidade lá fora.

Tanner Valentino era o oposto disso. Um entregador de encomendas que não sabia ficar parado, cuja moto zumbia como um besouro irritadiço e cuja risada ecoava pelo beco antes mesmo de a campainha da porta anunciar sua chegada. Ele entrava como uma tempestade de jaqueta de couro, trazendo o cheiro de asfalto e ar livre, interrompendo a coreografia meticulosa do tempo de Hunter.

“Encomenda para o Sr. Nash!” anunciava Tanner, depositando uma caixa sobre o balcão com um baque que fazia Hunter estremecer.

Hunter assinava o dispositivo com um rosnado sutil. “Cuidado, Valentino. Essas peças são sensíveis.”

“Desculpe, chefe. É que ver você tão concentrado me dá vontade de fazer barulho”, respondia Tanner, com um sorriso que não parecia pedir desculpas de verdade.

Esse ritual repetiu-se duas vezes por semana, durante meses. E, num desses dias, algo mudou. Tanner chegou mais quieto. Sem a risada habitual. Ele entregou a encomenda e, em vez de sair correndo, ficou parado, observando as mãos de Hunter enquanto ele trabalhava na delicada engrenagem de um relógio de bolso antigo.

“Como você faz isso?”, perguntou Tanner, sua voz um tom mais baixo. “Tanta paciência. É como se você conversasse com o tempo.”

Hunter ergueu os olhos, surpreso. Ninguém jamais lhe fizera aquela pergunta. As pessoas viam o relógio consertado, não a conversa íntima com seus mecanismos.

“O tempo não é um inimigo a ser dominado”, disse Hunter, surpreendendo a si mesmo com a própria voz suave. “É um parceiro de dança. Você só precisa aprender os passos.”

Tanner sorriu, um sorriso genuíno e não seu sorriso habitual de piloto. “Eu sempre dancei sozinho. E geralmente tropeço.”

Na semana seguinte, Tanner trouxe não uma encomenda, mas dois cafés. “Pensei que você pudesse precisar de uma pausa.”

Hunter aceitou, desconcertado. Bebiam em silêncio, mas não era um silêncio desconfortável. Era o silêncio de duas músicas diferentes encontrando, por acaso, o mesmo ritmo.

As visitas de Tanner tornaram-se mais longas. Ele começou a aprender os nomes das ferramentas, a admirar a complexidade dos relógios. Hunter, por sua vez, começou a ansiar pelo som da moto no beco, pela energia que invadia sua loja silenciosa e a aquecia. Descobriu histórias por trás do sorriso fácil de Tanner: o sonho de abrir sua própria oficina de motos, o medo de nunca ser levado a sério, o amor por sua avó italiana que lhe ensinara que a paixão era o único tempero que importava.

Um dia, Hunter estava consertando um relógio particularmente difícil, um cronômetro do avô de Tanner que ele trouxera como um tesouro. Uma mola havia se partido, e Hunter lutava para colocá-la no lugar, suas mãos tremendo de frustração.

“Deixa eu ver”, disse Tanner, aproximando-se.

“É muito delicado”, alertou Hunter.

Tanner não tocou no relógio. Em vez disso, colocou suas mãos grandes e um pouco ásperas sobre as de Hunter. Não para guiá-las, mas para lhes dar apoio. Para lhes dar firmeza. O calor daquele toque percorreu o braço de Hunter como um choque suave. Sob aquelas mãos, suas próprias mãos pararam de tremer. A mola se encaixou perfeitamente.

Hunter ergueu o olhar e encontrou os olhos de Tanner, castanhos e sérios, muito mais perto do que imaginava. O tique-taque de uma centena de relógios encheu o ar, marcando aquele momento, cada um num ritmo diferente, mas todos em uníssono pela primeira vez.

Não houve declaração grandiosa. Não foi necessário. Foi no espaço entre uma engrenagem e outra, no calor de duas xícaras de café compartilhadas, no toque que firmou mãos trêmulas. Foi no beco silencioso, quando Hunter, pela primeira vez, saiu da loja não para fechá-la, mas para ver Tanner partir, e Tanner, em vez de ir embora, desligou a moto e perguntou: “Posso ficar mais um pouco?”

Hunter Nash, o homem que consertava o tempo, descobriu que ele próprio estava atrasado para a vida. E Tanner Valentino, o homem que sempre corria contra o relógio, encontrou, finalmente, um lugar onde valia a pena parar. E juntos, no meio de tantos tique-taques, eles encontraram um tempo que era só deles: intemporal, paciente e infinitamente doce.

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