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BR Melad Massilia – Petrick Garcia and don cul de reve

O metrô de Paris às 18h é um universo de próprias regras, um balé apressado de corpos anónimos. Melad Massilia conhecia cada estação, cada rosto cansado, cada cheiro misturado de perfume e suor. Ele era um dos muitos, mergulhado num livro de poesia persa, tentando encontrar um fragmento de beleza no caos subterrâneo.

Foi num desses trajetos que ele viu Petrick Garcia pela primeira vez. Não foi um encontro dramático, mas uma colisão suave. O trem sacode violentamente na curva antes de Châtelet, e a pasta de Petrick escapou de suas mãos, derramando uma enxurrada de esboços arquitetónicos pelo chão do vagão.

Enquanto outros passageiros resmungavam, Melad se ajoelhou sem hesitar. Ele começou a juntar as folhas, e seu mundo, até então definido pelos versos de Rumi e Hafez, de repente encheu-se de linhas ousadas, traços a carvão de edifícios que desafiavam a gravidade e praças cheias de luz. Eram mais do que desenhos; eram sonhos em papel.

— Obrigado — disse Petrick, ofegante, seus olhos verdes expressando um misto de exasperação e gratidão. — São só rabiscos.
— São… a cidade do futuro — respondeu Melad, entregando-lhe o último desenho, a mão a tremer ligeiramente ao tocar na de Petrick.

Petrick, um arquiteto espanhol cheio de sonhos e de dívidas, vivia num pequeno estúdio com vista para os telhados de zinco de Paris. Melad, um professor de literatura de origem argelina, vivia uma vida de rotinas tranquilas, onde a maior aventura era descobrir um novo autor.

Esse enconturo fortuito no metrô tornou-se num café, depois num jantar. Petrick falava com as mãos, explicando como uma linha curva podia mudar a perceção de um espaço. Melad escutava, fascinado, e respondia com um poema sobre o céu e o horizonte. Eles eram como duas línguas diferentes que, de repente, descobriam que podiam traduzir perfeitamente uma à outra.

Petrick levou Melad a ver a cidade através dos seus olhos: os pátios escondidos, as fachadas em ruína que escondiam histórias, a ossatura de aço por baixo da pedra antiga. Melad, por sua vez, mostrou a Petrick a Paris dos poetas, os cafés onde Hemingway escrevera, os becos que testemunharam revoluções de amor e arte.

O amor deles não foi sobre grandiosos gestos, mas sobre a construção paciente de um mundo comum. Foi Melad levando café para o estúdio de Petrick quando ele trabalhava até tarde, iluminado apenas pela luz do seu computador. Foi Petrick memorizando um poema em árabe simples para surpreender Melad no seu aniversário, tropeçando nas palavras mas acertando perfeitamente no sentimento.

Uma noite, em cima do Sacré-Coeur, olhando para o tapete de luzes da cidade, Petrick disse:
— Sabes, Melad, um bom edifício precisa de uma fundação sólida. Algo que o mantenha de pé através das tempestades.
Melad fitou-o, o vento suave a brincar com os seus cabelos escuros.
— E tu encontraste a tua fundação? — perguntou.

Petrick sorriu, um daqueles sorrisos raros e genuínos que iluminavam o seu rosto inteiro.
— Encontrei. É feita de poesia, paciência e de um argelino que se ajoelhou no chão sujo do metrô para me ajudar a juntar os meus sonhos.

Melad não disse nada. Apenas pegou na mão de Petrick, entrelaçando os seus dedos. Naquele instante, entre a Paris antiga e a cidade futura que Petrick desenhava, eles perceberam que a mais bela estrutura que poderiam criar juntos não era feita de aço ou concreto, mas do frágil e resistente material do amor. Era um projeto sem fim, e ambos estavam ansiosos para passar a vida a construí-lo.

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