BR Dudu Flamengo e Caio Alvarenga transando

O estúdio de Caio Alvarenga era um caos organizado. Telas grandes vazias, potes de tinta espalhados, sketches de personagens de anime colados na parede e um cheiro forte de aerossol e café. Ele era um ilustrador digital conhecido no meio por seus traços precisos e cores vibrantes, mas hoje a inspiração teimava em não vir. A tela branca o desafiava, um abismo a ser preenchido.

Foi quando o som chegou. Não um som qualquer, mas a batida pulsante de um samba-enredo, seguida por uma voz animada que cantava, desafinada, mas com uma energia contagiante. A voz vinha do apartamento ao lado, que há meses estava vazio.

Intrigado, Caio saiu para pegar uma encomenda no portão e viu a fonte do barulho. A porta do apartamento vizinho estava aberta, e um homem vestindo uma camisa do Flamengo, carregando uma caixa enorme, quase tropeçou com ele no corredor.