A Fazenda 17: Nizam tomando banho exibindo a pica deliciosa, veja!

Claro. Aqui está uma história de amor pequena com o nome Nizam.
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O velho estaleiro cheirava a sal, madeira velha e histórias. Era o reino de Nizam, um mestre carpinteiro naval cujas mãos, calejadas e sábias, davam nova vida a barcos esquecidos. Ele era um homem de poucas palavras, que preferia a linguagem honesta do formão e da lixa ao barulho vazio das conversas.
Sua vida era um ritmo solitário e constante: o nascer do sol iluminando o casco de um barco, o som do mar como trilha sonora, o pôr do sol pintando o céu enquanto ele limpava suas ferramentas.
Até que ela chegou.
Ela se chamava Elara, uma artista que havia alugado a pequena cabana ao lado do estaleiro para encontrar inspiração. Ela era o oposto dele: trazia cores vibrantes, música estranha e alegria para a praia silenciosa. No primeiro dia, ela apareceu no portão do estaleiro, com um caderno de esboços na mão.
“Desculpe incomodar,” disse ela, sua voz como o tilintar de um sino de vento. “Esse barco é lindo. Posso desenhá-lo?”
Nizam apenas assentiu, um único aceno de cabeça, e voltou ao seu trabalho. Ele a observava pelo canto do olho enquanto ela desenhava, completamente imersa em seu próprio mundo, a língua presa entre os lábios em concentração.
Todos os dias ela voltava. E todos os dias, um silêncio confortável se instalava entre eles. Ele consertava; ela criava. Aos poucos, o silêncio foi preenchido com pequenos gestos. Ele lhe trazia uma xícara de chá preto, forte e amargo como ele gostava. Ela deixava para ele um pequeno biscoito doce ou uma flor que encontrava na caminhada.
Ele começou a encontrar pequenos presentes: um desenho de suas ferramentas, pendurado com cuidado em um prego; um retrato dele, concentrado, com a luz do sol em seu rosto, deixado em seu banco de trabalho.
Nizam, que passara a vida consertando coisas quebradas, não sabia o que fazer com algo tão frágil e precioso quanto aquele afeto crescente.
Uma tarde, uma tempestade surgiu no horizonte. Elara estava na praia, distraída, capturando a raiva do mar em seu sketchbook. Nizam a viu, e um frio que não tinha nada a ver com o vento o percorreu. Ele correu pela praia, contra o vento, até alcançá-la.
“Está vindo uma tempestade,” ele disse, sua voz rouca, mais áspera do que o normal pela falta de uso e pela urgência. “Você precisa vir.”
Ele a levou de volta para a segurança do galpão. A tempestade se abateu, e eles ficaram lá, ouvindo a chuva bater no telhado de zinco. O barco que ele estava restaurando – um pequeno veleiro – estava entre eles, como um testemunha.
“Obrigada, Nizam,” ela sussurrou no silêncio que se seguiu.
Ele olhou para ela, com os cabelos molhados e os olhos brilhando, e todas as palavras que ele nunca disse pareciam querer sair de uma vez. Em vez disso, ele estendeu a mão, e em sua palma estava uma pequena escultura de madeira. Ele a havia esculpido nas horas silenciosas da noite. Era um pequeno barco, perfeito em cada detalhe.
“Para você,” ele disse, a palavra saindo como um suspiro. “Para que você nunca se perca no mar.”
Elara pegou o barco, suas mãos fechando-se sobre as dele. Naquele toque, no galpão abrigado da tempestade, não havia mais necessidade de palavras. Nizam, o homem do silêncio, havia encontrado uma maneira de dizer tudo. E Elara, que buscava inspiração, havia encontrado um lar.