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Vaclav Wlocka jerks off while he plays with his hole

O mundo de **Vaclav Wlocka** era feito de silêncio e madeira envernizada. Como o último luthier de uma pequena cidade nas montanhas, suas dias eram medidas pelo raspado suave de formões, pelo cheiro de cola quente e pela busca obsessiva pela ressonância perfeita. Suas mãos, calejadas e precisas, davam vida a violinos que choravam canções que ele mesmo nunca ousava cantar. Vaclav era um homem de poucas palavras, e seu coração estava tão bem guardado quanto os segredos dos Stradivarius.

O inverno naquele ano foi particularmente rigoroso. A neve isolou a cidade, e a oficina de Vaclav ficou mais silenciosa do que o habitual. Foi então que ela chegou. Ela não tinha nome, pelo menos não um que dissesse a princípio. Apareceu na sua porta, quase congelada, uma mochila de viagem nas costas e os lábios azulados pela frio.

Vaclav, surpreso por ter sua solidão quebrada, não hesitou. Abriu a porta, ofereceu-lhe um cobertor e um chá quente. Ela era uma violinista, explicou depois de se recompor. Seguia o rastro de um antigo mestre que, segundo a lenda, havia vivido naquelas montanhas. Ela não sabia que o discípulo da lenda estava ali, diante dela.

Nos dias que se seguiram, com as estradas bloqueadas pela neve, ela ficou. Vaclav, inicialmente taciturno, começou a se render à sua presença. Ela falava sobre as cidades por onde tinha passado, sobre a música das ruas e das pessoas. E, então, ela pegou um dos violinos não terminados de Vaclav.

Quando ela começou a tocar, algo estalou no peito do luthier. A música não era tecnicamente perfeita – era selvagem, cheia de vida e de uma tristeza alegre que encheu a oficina silenciosa de cor. Era a alma que ele sempre tentou capturar na madeira, tocada por alguém que a tinha vivido.

Ele a observava consertar as pontas soltas do casaco, com a mesma destreza com que afinava as cordas do instrumento. Ela via a poesia no seu trabalho meticuloso, no cuidado com cada veio da madeira.

O amor não foi uma declaração, mas uma entrega. Foi Vaclav, numa manhã, colocar nas mãos dela um violino completamente novo, feito em segredo durante as noites. A madeira era escura, o verniz, brilhante, e dentro do corpo do instrumento, ele havia talado duas palavras: **”Para você”**.

Quando a neve derreteu e as estradas reabriram, ela não partiu. Percebeu que a melodia que sempre procurara não estava em nenhum lugar distante, mas naquele silêncio compartilhado, no som do formão de Vaclav e no eco do seu violino preenchendo os espaços vazios da casa.

E Vaclav Wlocka, o homem do silêncio, descobriu que o som mais doce não era o de um instrumento perfeito, mas o da risada dela ecoando pela sua oficina, transformando-a, finalmente, em um lar.

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