James Cassidy, Bryce Jax and Rough Velvet – Cancun fuck

O bar “Rough Velvet” era um lugar que não tentava agradar. A música era alta, a iluminação era baixa e o cheiro era de cerveja derramada e sonhos um pouco desgastados. Era ali que James Cassidy se escondia, encostado no balcão de madeira riscada, fingindo que a rotina e a solidão eram uma escolha.
Foi numa noite particularmente cinzenta que Bryce Jax entrou. Ele não abriu a porta; ele *invadiu* o lugar, trazendo consigo a energia caótica de uma tempestade. Seu casaco de couro pingava água da chuva, seus olhos claros vasculharam a sala com uma intensidade desconcertante, e ele se dirigiu ao balcão com a confiança de quem conhece todos os cantos escuros do mundo.
James, instintivamente, puxou o copo para mais perto de si. Homens como Bryce Jax significavam problemas. E James estava cansado de problemas.
Bryce se sentou ao seu lado, ignorando completamente o espaço pessoal. “Whisky. O pior que você tiver,” disse ele para o bartender, antes de se virar para James. “Cassidy, não é?”
James congelou. “Como você…?”
“Trabalho com informações. É o meu negócio,” Bryce respondeu, um sorriso torto aparecendo em seus lábios. Ele não parecia perigoso, mas sim… intrigante. Como um livro com as páginas manchadas de sangue e mel.
O que se seguiu foi uma dança estranha. Bryce aparecia no Rough Velvet toda noite, sempre com uma desculpa fraca, sempre se instalando ao lado de James. Ele falava de tudo e de nada – sobre as estrelas que ele via em viagens clandestinas, sobre a melancolia de cidades estrangeiras ao amanhecer, sobre a textura áspera do veludo no braço de uma poltrona antiga.
James, um arquiteto que desenhava linhas retas e previsíveis, se viu atraído pelo caos organizado que era Bryce. Ele era duro e áspero como lixa, mas, em raros momentos, sua voz suavizava ao falar de James, revelando um veludo por baixo – macio, quente e surpreendentemente vulnerável.
A atração era um fio elétrico entre eles, não tocado, mas sempre sentido. Até a noite em que um cliente bêbado decidiu que James era um alvo fácil. Antes que James pudesse sequer reagir, Bryce estava entre eles. Não houve violência, apenas uma presença imensa, uma postura que disse tudo. O agressor recuou, murmurando desculpas.
Bryce se virou para James, e o mundo ao redor desfocou. A música, as vozes, tudo desapareceu. O bar Rough Velvet, aquele refúgio áspero, testemunhou o momento em que o veludo sob a superfície de Bryce veio à tona. Ele ergueu a mão e, com uma delicadeza que parecia impossível para alguém como ele, moveu um fio de cabelo do rosto de James.
“James,” ele sussurrou, e o nome soou como uma confissão.
Foi o único convite que James precisou. Ele fechou a distância entre eles, e o primeiro beijo não foi gentil. Foi uma colisão de mundos – a linha reta de James encontrando o turbilhão de Bryce. Sabia a whisky barato, a chuva e a verdade nua e crua. Sabia a lar.
Quando se separaram, ofegantes, a textura áspera do veludo dos bancos do bar contra suas pernas, Bryce encostou a testa na de James.
“Eu te encontrei,” Bryce murmurou, como se tivesse vasculhado o universo inteiro para achá-lo.
“E eu te esperei,” James respondeu, percebendo que toda a sua vida previsível tinha sido apenas uma longa espera por aquele homem imprevisível.
O Rough Velvet continuou sendo seu lugar. Ainda era áspero, ainda era barulhento. Mas agora, no cantinho escuro do balcão, havia um ponto macio. Onde a lixa de Bryce encontrava a seda de James, e onde o veludo, sempre áspero, era perfeito exatamente do jeito que era.