Aguxxxtin – Argentinian twink on twink fucking

Claro, aqui vai uma história curta de amor com os nomes solicitados.
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O estúdio de Aguxxx cheirava a tinta a óleo e café forte. Cavaletes ocupavam cada centímetro livre, e telas – algumas vibrantes e finalizadas, outras apenas esboços raivosos – cobriam as paredes. Ele estava de costas para a porta, completamente absorto em dar pinceladas amplas e furiosas em uma tela abstrata, quando um som suave o fez pular.
Era a campainha da galeria abaixo do seu loft. Maldição. Ele tinha esquecido completamente da entrevista.
Esfregando as mãos em um pano sujo de tinta, desceu as escadas íngremes. Ao abrir a porta, a luz da tarde do outono invadiu o espaço, iluminando a poeira que dançava no ar. E nesse quadro de luz, estava ela.
— Olá. A Aguxxxtin? — perguntou uma voz suave, quase melódica. — Sou Aguxxxtin, da revista *Canvas*. Tínhamos uma entrevista marcada?
Ele ficou paralisado por um segundo. *Aguxxx e Aguxxxtin*. O nome era quase idêntico ao seu, uma sinfonia de consoantes e vogais que soou perfeita em sua boca. Ela usava um vestido simples e segurava um bloco de notas, com um sorriso tímido mas curioso.
— Sim, entre — disse ele, afastando-se para deixá-la passar, subitamente consciente da bagunça que era o seu santuário.
A entrevista começou de forma formal. Ela fazia perguntas inteligentes sobre sua técnica, suas influências, o uso agressivo da cor. Ele respondia, mas sua mente não estava nas palavras. Estava no modo como um fio de cabelo dela caía sobre o seu rosto enquanto ela escrevia, na luz que acendia reflexos castanhos nos seus olhos, na suave entonação do nome dele quando ela o pronunciava.
— O ‘x’ triplo no seu nome é… incomum — ela comentou, finalmente fechando o bloco de notas. — Meus pais queriam algo único. Às vezes as pessoas acham que é um erro de digitação.
— O meu também — ele riu, e foi a primeira risada genuína que ele deu em semanas. — Meu avô era argentino. Era uma homenagem. Mas ninguém nunca pronuncia direito. Até hoje.
Houve uma pausa confortável. O sol começava a se pôr, pintando o estúdio com tons de laranja e roxo.
— Posso ver? — ela perguntou, apontando para a tela grande atrás dele, a que ele trabalhava furiosamente mais cedo.
Ele hesitou. Aquele trabalho era… cru. Emotional. Mas acenou com a cabeça.
Aguxxxtin parou em frente à tela, seus olhos percorrendo cada centímetro da explosão de cores e formas. Ele prendeu a respiração, esperando o julgamento de um crítico. Mas o que veio foi diferente.
— É sobre solidão, não é? — ela sussurou, sem olhar para ele. — Todas estas cores vibrantes… tentando preencher um vazio.
Aguxxx sentiu como se alguém tivesse olhado diretamente para a sua alma. Ninguém tinha entendido tão instantaneamente.
— Sim — foi tudo que ele conseguiu dizer.
Ela se virou para ele, e seu sorriso já não era mais tímido. Era quente. Era compreensivo.
— Eu também — confessou Aguxxxtin. — Escrevo sobre arte, sobre a beleza que os outros criam, mas sempre me senti do lado de fora da moldura.
Naquele momento, não eram mais entrevistadora e artista. Eram apenas Aguxxx e Aguxxxtin, dois nomes quase iguais, duas almas que reconheceram uma à outra em um mar de ruído.
Ele pegou um pincel fino, mergulhou na tinta azul-cobalto – a cor dos seus olhos, ele notou – e se aproximou de uma tela pequena e em branco num cavalete auxiliar.
— O que você está fazendo? — ela perguntou, sem se mover.
— Corrigindo um erro — ele disse, com uma concentração suave.
Com mão firme, ele escreveu na parte inferior da tela em branco: *Para Aguxxxtin, que entrou na moldura.*
Ele não precisou perguntar. Ela não precisou responder. Quando suas mãos se encontraram, cobertas de tinta e promessas, não havia mais solidão. Apenas a coragem de preencher os espaços vazios, juntos.