Zemir Neyib (zemir_neyib) and Oscar Ivan Jimenez Montes (oscarjimenez1) fuck Alejo Ospina

O apartamento de Oscar Ivan Jimenez Montes era um reflexo de sua vida: organizado, silencioso e previsível. Como arquiteto, ele apreciava linhas limpas e estruturas sólidas. Sua maior aventura era escolher a cor de um novo marcador de texto. Seu mundo era seguro, mas, às vezes, incrivelmente solitário.
Tudo mudou quando seu primo, Alejo Ospina, praticamente se mudou para seu sofá. Alejo era o oposto de Oscar: um furacão de energia criativa, um artista que vivia de projetos freelancer e ideias grandiosas. Ele trouxe caos, xícaras de café pela metade, telas pintadas… e seu melhor amigo.
Zemir Neyib.
Zemir, com seu username zemir_neyib estampado em camisetas desgastadas, era um produtor musical. Ele chegou com Alejo uma noite para buscar uma caixa de som e nunca mais saiu de verdade. Trouxe consigo o som de batidas suaves no laptop, o cheiro de incenso e um sorriso tranquilo que desarmava Oscar completamente.
Enquanto Alejo pintava ou saía correndo para algum compromisso, Zemir ficava. Ele se instalava num canto da sala, com seus fones de ouvido, e trabalhava. Oscar, inicialmente irritado com a invasão de sua rotina, descobriu que gostava da presença silenciosa de Zemir. Aos poucos, a organização meticulosa de Oscar começou a ceder para xícaras de chá levadas para Zemir sem que ele pedisse.
A ponte entre seus mundos foi construída com pequenos gestos. Zemir criou uma trilha sonora curta para uma apresentação de projeto de Oscar. Oscar, em troca, ajudou Zemir a organizar seu espaço de trabalho digital, criando pastas e um sistema de arquivos que o produtor achou “incrivelmente sexy”.
Alejo, observador como apenas um artista pode ser, viu o florescer daquela conexão. Um dia, ele anunciou que tinha “encontrado um estúdio” e que se mudaria dali a uma semana. Os dois homens ficaram em silêncio, olhando um para o outro, percebendo que a desculpa para estarem juntos todos os dias estava prestes a ir embora.
Na noite antes de Alejo sair, Oscar cozinhou para os três. O apartamento estava quieto, preenchido apenas pelo som dos talheres e pela música ambiente que Zemir colocara. Quando Alejo se levantou para “buscar mais vinho” e desapareceu misteriosamente por uma hora, Oscar e Zemir ficaram sozinhos na varanda.
“Vai estranhar não ter a gente aqui bagunçando sua vida organizada?” perguntou Zemir, olhando as luzes da cidade.
Oscar olhou para ele, para a cidade, e depois firmou o olhar novamente em Zemir. “Vou estranhar é o silêncio. Ele vai voltar a ser só silêncio.”
Zemir virou-se para enfrentá-lo. “E se a gente não deixar?”
A coragem que Oscar não sabia que tinha surgiu. “Como?”
“Assim”, Zemir sussurrou, fechando a pequena distância entre eles.
O beijo não foi como nada que Oscar tinha planejado em suas estruturas perfeitas. Foi orgânico, um pouco desajeitado e absolutamente perfeito. Sabor de vinho tinto e a promessa de uma nova melodia.
Quando se separaram, ofegantes, ouviram palmas vindas da sala. Alejo estava na porta, segurando uma garrafa de vinho vazia e com um sorriso de orelha a orelha.
“Finalmente! Eu já tinha até arrumado outra desculpa para sumir amanhã. Agora posso me mudar em paz.”
Zemir riu, e Oscar corou, mas não se afastou. Ele pegou a mão de Zemir, entrelaçando os dedos. Sua vida não seria mais organizada e previsível. Seria cheia de batidas inesperadas, tintas derramadas e risadas altas. E pela primeira vez, Oscar Ivan Jimenez Montes não poderia estar mais feliz com uma mudança de planos.