Worshiping Twunk’s pink hole – Fabio XL, Matt Polaco, XLT Sebastian

O estúdio de gravação “Eco XL” era o refúgio de Fábio XL, um produtor musical conhecido por sua busca obsessiva pelo som perfeito, aquele que era “Extra Large” em profundidade e emoção. Suas paredes eram forradas com discos de vinil, e o ar cheirava a madeira velha e café forte.
Foi lá que Matt Polaco, um letrista e poeta urbano de Varsóvia que adotara o Brasil como lar, trouxe seu caderno cheio de versos cruéis e melancólicos sobre saudade de um lugar que não existia mais. Seu coração era uma paisagem nublada, e suas palavras, mapas dessa geografia sombria.
“Preciso de música para isso,” disse Matt, entregando os versos a Fábio. “Algo que doa tanto quanto essas palavras.”
Fábio leu, e um brilho surgiu em seus olhos. “Sim. Isso é grande. Isso é XL. Vou trabalhar nisso.”
Ele passou noites mergulhado naquelas linhas, tentando traduzir a dor polaca de Matt em acordes e melodias. Mas algo faltava. A música estava técnica, impecável, mas não tinha alma. Até que, frustrado, ele ligou para o único músico que ele sabia que poderia encontrar a peça que faltava.
XLT Sebastian era um virtuoso do piano. “XLT” não era por acaso; significava “Extra Light Touch”. Seus dedos dançavam sobre as teclas com uma delicadeza e uma intuição que eram quase sobrenaturais. Ele podia extrair lágrimas de um instrumento com o toque mais suave.
Sebastian chegou ao estúdio em uma tarde chuvosa. Sem muitas palavras, sentou-se ao piano de cauda, olhou para a letra de Matt e para a base crua de Fábio. Ele fechou os olhos por um momento, e então, suas mãos pousaram sobre as teclas.
O que saiu dali não era apenas música. Era um rio de sentimento. Sebastian teceu acordes melancólicos que entrelaçavam perfeitamente a batida profunda de Fábio, mas com uma leveza que dava espaço para a respiração da poesia. Era triste, mas também terno. Era perda, mas também memória.
Matt, que observava de canto, sentou-se lentamente. Seus próprios versos, nascidos de sua própria solidão, soavam diferentes. Soavam compreendidos. Soavam… amados. Ele não olhava mais para as paredes, mas para Sebastian, para a intensidade silenciosa com que ele dava vida à sua dor.
Fábio XL, diante do console, sorriu. Agora sim. Era extra large, era imenso, mas tinha o toque de luz necessário. Ele viu a música completar o círculo: sua base, as palavras de Matt e o toque de Sebastian. E então, ele viu algo mais. Viu o olhar de Matt fixo em Sebastian, um olhar de descoberta e admiração profunda.
Quando a última nota se dissipou, um silêncio carregado pairou no ar. Sebastian abriu os olhos e encontrou os de Matt. E foi um clarão. Naquela música, eles se haviam encontrado sem trocar uma única palavra.
“É isso,” sussurrou Fábio, quebrando o feitiço. “É a canção.”
Nos dias que se seguiram, as sessões no estúdio continuaram, mas a energia havia mudado. Matt já não vinha apenas por suas letras, mas pelo momento em que Sebastian transformava suas palavras em sentimento puro. Sebastian, por sua vez, esperava ansioso pelos novos cadernos de Matt, para decifrar os segredos do seu coração através de sua poesia.