Dom King fucks Sean Costin

O estúdio de Sean Costin cheirava a terebintina e madeira velha. Era um caos organizado de pincéis, formões e restos de douração, um refúgio para onde obras de arte renascentiais iam para receber uma segunda chance. Sean, com seus jeans manchados de tinta e as mãos ásperas de trabalho, era um mestre na arte do invisível; seu trabalho consistia em reparar sem deixar marcas, em curar as feridas do tempo sem que ninguém soubesse que ele havia estado ali.
Foi nesse santuário de silêncio e pó que Dom King entrou pela primeira vez. Ele não parecia um rei. Usava um terno sob medida, mas o olhar estava longe, distante, apreciando não a restauração de um quadro, mas a própria quietude do lugar. Representava uma fundação de arte de Boston e estava ali para inspecionar um Caravaggio que Sean estava a devolver à vida.
“O Sr. King?”, perguntou Sean, limpando as mãos em um pano.
“Dom”, corrigiu o homem, com um sorriso que era ao mesmo vez formal e caloroso. Seus olhos, de um cinza profundo, percorreram o estúdio, mas sempre retornavam a Sean.