Oliver Marks and Carter Collins fuck Cody Seiya – ghost in the machine

O vento soprava frio nas ruas de Nova York, mas Oliver Marks não sentia. Dentro de seu peito, um calor teimoso persistia, alimentado pela memória de Carter Collins. Eles haviam se separado há um ano, um daqueles términos silenciosos onde a vida simplesmente puxa duas pessoas para caminhos diferentes. Carter seguira para Chicago, um emprego dos sonhos. Oliver ficara, a galeria de arte que tanto lutara para manter.
A vida seguiu. Oliver aprendeu a dormir do lado direito da cama novamente, a fazer café apenas para uma xícara. Mas certos cheiros, certas músicas que tocavam em cafés, certos casacos cor de areia na multidão, traziam uma pontada aguda de saudade.
Foi em uma dessas tardes cinzentas, enquanto reorganizava uma exposição de fotografias, que a campainha da galeria tilintou. Oliver se virou, e o mundo desacelerou até parar.
Na porta, com o cabelo um pouco mais curto e os ombros um pouco mais largos sob um sobretudo elegante, estava Carter. Seus olhos, daquele tom de caramelo que Oliver tentava pintar mas nunca conseguia capturar perfeitamente, encontraram os dele. Um sorriso hesitante, quase desajeitado, surgiu no rosto de Carter.
“Olly”, disse ele, e aquele apelido soou como uma melodia esquecida.
“Carter”, Oliver respondeu, a voz um pouco mais rouca do que gostaria. “O que você está fazendo aqui?”
“Reunião de negócios. Desisto, Chicago não é a mesma coisa sem… bem, sem você.”
O ar entre eles estava carregado de tudo que não foi dito, de todas as cartas não escritas e ligações não feitas. Carter circulou a galeria, seus dedos passando levemente sobre as molduras, como costumava fazer. Oliver o observava, o coração batendo forte contra as costelas.
Foi quando Carter parou diante de uma pequena pintura no canto mais silencioso da galeria. Era a única peça que Oliver não tinha coragem de vender. Um retrato de Carter, dormindo, iluminado pela suave luz da manhã que entrava pela janela de seu antigo apartamento. A pintura era intitulada “Paz Matinal”.
Carter ficou imóvel por um longo momento. Seus ombros subiram e desceram em uma respiração profunda. “Você manteve isso”, ele sussurrou, sem se virar.
“Eu não conseguia me desfazer”, admitiu Oliver, aproximando-se.
Foi então que a porta dos fundos se abriu e uma voz jovial ecoou pela galeria. “Tio Olly, trouxe o café que você gosta! A fila estava enorme, eu—”
Oliver fechou os olhos por um segundo, um sorriso inevitável surgindo em seus lábios. Carter se virou, confuso.
Um garoto de uns dezessete anos, com cabelo negro desalinhado e um sorriso que iluminava o cômodo, parou abruptamente ao ver o visitante. Seus olhos, curiosos e inteligentes, pularam de Oliver para Carter e de volta para Oliver.
“Cody”, Oliver disse, estendendo a mão. “Venha aqui.”
Cody Seiya era mais do que um funcionário; era o estagiário artístico, o entregador de confiança, e, desde que perdeu os pais, uma espécie de pupilo que Oliver tomara sob sua asa. Ele era a energia caótica e criativa que mantinha a galeria – e o próprio Oliver – vibrante.
“Carter, este é Cody Seiya. Cody, este é… Carter.”
Cody estudou Carter por um segundo, e então seu rosto se iluminou com um entendimento que só os jovens muito perspicazes possuem. “O Carter das histórias?”, ele perguntou, direto ao ponto como sempre.
Oliver corou. Carter riu, um som genuíno e quente que Oliver não sabia que sentia tanto falta.
“Depende de que histórias ele te contou”, disse Carter, estendendo a mão para Cody.
“As boas”, Cody respondeu, apertando a mão com firmeza. “Principalmente as boas.”
Naquela noite, os três foram jantar. O que começou como um encontro awkward transformou-se em uma noite de risadas e histórias. Cody, com sua falta de filtro e humor peculiar, quebrou qualquer gelo residual. Ele falou sobre a galeria, sobre a teimosia de Oliver, sobre os clientes excêntricos. E, em um momento de silêncio, ele olhou para os dois e disse: “Eu vou ali comprar um milk-shake. Vocês dois precisam conversar. Sem mim por uns dez minutos.”
Ele saiu, deixando um vácuo de honestidade no ar.
“Ele é incrível”, Carter disse, observando Cody sair.
“Ele salvou minha vida de mais maneiras do que eu posso contar”, Oliver admitiu.
Carter brincou com o guardanapo. “Eu cometi um erro, Olly. Um grande erro. Pensei que a carreira, o sucesso… fosse me preencher. Mas tudo o que eu fazia era me perguntar o que você estava fazendo, se você estava bem.”
Oliver olhou para ele, vendo a sinceridade estampada em seu rosto. A mágoa de um ano começou a se dissolver. “Eu também não estava bem.”
Carter colocou sua mão sobre a mesa, palma para cima. Uma oferta. Um pedido de desculpas silencioso. Oliver olhou para aquela mão, que conhecia tão bem, e então colocou a sua sobre ela. O encaixe foi perfeito, como sempre foi.
Foi nesse momento que Cody voltou, segurando um milk-shake gigante com três canudos. “Então?”, ele pergou, olhando para as mãos entrelaçadas sobre a mesa. “Funcionou? Preciso me preocupar em atualizar meu currículo?”
Carter riu, e Oliver riu também, uma sensação de leveza que ele não sentia há eras inundando seu peito.
Carter não voltou para Chicago. Ele transferiu-se de volta para Nova York, encontrando um modo de fazer seu “emprego dos sonhos” caber na cidade que tinha o amor da sua vida.
E a galeria de Oliver ganhou um novo frequentador assíduo. Carter vinha buscá-lo todas as tardes, e muitas vezes encontravam Cody já lá, mergulhado em algum novo projeto ambicioso. Aos poucos, eles se tornaram uma unidade. Oliver, com sua serenidade e paixão pela arte. Carter, com seu pragmatismo e devoção silenciosa. E Cody, com sua energia contagiante que mantinha os dois jovens e conectados.
Não era a história de amor convencional de dois, mas de três almas que se encontraram no momento certo e se encaixaram perfeitamente. Oliver tinha Carter, seu grande amor redescoberto. E juntos, eles tinham Cody, o elo imprevisível e brilhante que completava sua pequena, e perfeitamente imperfeita, família. O amor deles não era uma ilha, mas um porto seguro, construído com segundas chances e aceitação, sempre cheio de luz, arte e a risada contagiante de um garoto que trouxe o café—e trouxe de volta a felicidade.