Brock Kniles and Colt Spence fuck – Operation Weekend Off Base – Part 4

O vento soprava frio nas ruas de Nova York naquela noite de dezembro, carregando flocos de neve que dançavam sob os postes de luz. Dentro do “The Oak Barrel”, um pub aconchegante escondido em um beco de paralelepípedos, o calor era de companhia e de uísque bom.
Brock Kniles estava encostado no final do balcão de mogno, seu terno caro parecendo tão deslocado quanto ele se sentia. Ele fugira de mais um jantar corporativo entediante, buscando um refúgio silencioso. Seus olhos, normalmente focados em telas e planilhas, percorriam as prateleiras de bebidas sem realmente ver.
Até que viram ele.
Do outro lado do bar, um homem de camisa xadrez e jeans desbotados conversava animadamente com o bartender, um sorriso fácil iluminando seu rosto marcado pelo sol. Ele gesticulava enquanto contava uma história, e uma risada genuína, áspera e calorosa, ecoou pelo ambiente. Brock sentiu um puxão no peito, uma curiosidade rara. Aquele homem era o oposto de tudo em sua vida ordenada e previsível.
Seu nome era Colt Spence. Um carpinteiro de mão cheia que estava na cidade para uma obra curta, um restauro fino em um prédio histórico. Ele era poesia em movimento, suas mãos – calejadas e fortes – contavam histórias de trabalho honesto, de criar coisas tangíveis, belas.
Brock, por pura coragem induzida pelo Glenfiddich 18, aproximou-se e sentou-se ao lado de Colt. A conversa começou hesitante, um estranho dueto entre dois mundos diferentes. Brock falava de mercados voláteis e fusões. Colt falava de veios na madeira e do cheiro de pinho fresco. Mas no meio daquela troca desengonçada, algo aconteceu. Eles se encontraram no meio do caminho.
Brock riu de uma piada boba de Colt. Colt ouviu, genuinamente interessado, Brock descrever a pressão de fechar um acordo milionário. O pub foi esvaziando, a neve se acumulando na janela, e eles permaneceram lá, ilhados em sua própria bolha de descoberta.
Nos dias que se seguiram, Colt tornou-se o guia de Brock para um mundo que ele só via de dentro do táxi. Caminharam por parques cobertos de neve, comeram cachorro-quente de uma barraca na esquina (uma experiência nova e deliciosa para Brock) e, uma tarde, Colt levou Brock até o prédio que estava restaurando.
O sol da tarde entrava por uma claraboia, iluminando partículas de poeira que dançavam no ar. O cheiro era de madeira velha e verniz novo.
“Olha isso”, Colt disse, sua voz suave cheia de reverência. Ele correu a mão sobre o corrimão de uma escada recém-lixada. “Alguém fez isso à mão, há mais de cem anos. Cada entalhe, cada curva. Está escondido sob vinte camadas de tinta, mas ainda está aqui. Só precisava de alguém para encontrá-lo.”
Brock olhou para as mãos de Colt na madeira, e então para seu próprio rosto refletido em uma janela recém-instalada. De repente, ele se sentiu como aquele corrimão: coberto de camadas de expectativas, de dever, de uma vida que ele não escolheu, mas apenas aceitou. E Colt era a pessoa disposta a lixar com paciência, para encontrar o que estava escondido por baixo.
Colt virou-se e viu a expressão de Brock. Não disse nada. Apenas se aproximou, e seu toque foi tão suave quanto seu ofício exigia. Sua mão, áspera e quente, acariciou o rosto liso de Brock.
E então, na poeira dourada daquela tarde, rodeados pelo silêncio solene de uma história antiga, eles se beijaram. Foi um beijo que sabia a futuro, a possibilidade, a medo e coragem, tudo misturado. Brock, o analista de risco, estava abraçando o maior risco de sua vida. E Colt, o nômade, estava encontrando algo pelo qual valia a pena parar.
O trabalho de Colt terminou duas semanas depois. A cidade grande, ele disse, não era para ele. O cheiro de concreto nunca substituiria o cheiro da terra molhada e das flores silvestres de sua cidade natal, um lugar chamado Cedar Hollow, no meio de lugar nenhum.
Brock ficou. Voltou aos seus ternos, às suas reuniões, às suas planilhas. Mas tudo parecia sem graça, insípido. O mundo tinha perdido suas cores. Ele era um corrimão perfeito, liso e sem vida, novamente coberto pela tinta do cotidiano.
Até que uma manhã, ele não aguentou mais. Ele fez as malas de forma impulsiva, pegou seu carro e dirigiu para norte, seguindo as coordenadas que Colt lhe dera.
Cedar Hollow era pouco mais que uma placa na estrada, um posto de gasolina e colinas verdes até onde a vista alcançava. Ele encontrou Colt na varanda de sua cabana de madeira, consertando uma cerca.
Colt não pareceu surpreso. Um sorriso lento e perfeito abriu-se em seu rosto.
“Levei um tempinho, Kniles”, disse ele, os olhos crivados de um afeto que fez o peito de Brock doer de saudade que ele nem sabia que estava carregando.
“Eu tive que me desfazer de algumas camadas”, Brock respondeu, sua voz um pouco trêmula. “Leva tempo.”
Colt jogou a ferramenta no chão e caminhou até a cerca, olhando para Brock do outro lado.
“E aí?” Colt perguntou, sua voz um sussurro carregado de esperança. “O que você encontrou por baixo de tudo?”
Brock olhou para aquelas mãos fortes, para aquele sorriso que era seu lar, e então para as vastas terras abertas que seriam seu novo mundo.
“Eu te encontrei”, Brock disse, simplesmente. “Só você.”
Não havia cerca que pudesse separá-los. Brock a escalou com uma determinação desengonçada, e Colt o puxou para o outro lado, para sua terra, para seu mundo, para seus braços. E sob um céu infinito de Cedar Hollow, eles entenderam que o amor não era sobre encontrar alguém perfeito, mas sobre encontrar alguém que valesse a pena lixar todas as suas próprias imperfeições. Juntos