Ana fechou mais um contrato, sentindo a fadiga habitual dos seus 38 anos. O apartamento silencioso ecoava sua rotina perfeita, mas solitária. Para descontrair, abriu um app de conexões, algo que suas amigas a tinham convencido a experimentar. Foi então que o perfil dele apareceu: “Miguel_SWCollege”. Sorriso descontraído, olhos claros cheios de jovialidade e fotos praticando esporte. Um típico garoto da faculdade. Ele era tudo o que ela não procurava, mas algo a fez deslizar para a direita.
A match foi instantâneo.
A primeira saída foi no café perto da universidade dele. Miguel chegou de mochila, usando um moletom com o símbolo da fraternidade SW, mas sua postura era surpreendentemente madura. A conversa, que Ana esperava ser superficial, fluiu. Ele era espirituoso, inteligente e a ouvia com uma atenção genuína que a fez sentir-se vista, não apenas como uma executiva bem-sucedida, mas como uma mulher.
“Acha muito louco eu ter 22 anos?” ele perguntou, de repente, fitando seu café.
“Estou achando… perigosamente refrescante”, Ana respondeu, e o sorriso que ele deu fez seu estômago embrulhar.
