San Holister fucks Jake Mathews

O vento soprava frio sobre o cais, carregando o cheiro de sal e maresia. San Holister encostou-se na amurada do velho pier, observando as luzes da cidade refletirem na água escura como óleo. Era seu refúgio, o lugar para onde corria quando o mundo parecia pesado demais para seus ombros. Naquela noite, o peso era a solidão.
Ele não ouviu ninguém se aproximar. A primeira coisa que percebeu foi o cheiro diferente no ar: não era sal, mas um suave aroma de sabão de cevada misturado ao vento. Depois, um som baixo e rouco. Alguém cantarolava uma melodia triste que San reconheceu vagamente.
Ao se virar, viu um homem sentado alguns metros de distância, com um caderno de esboços no colo e um lápis na mão. Ele desenhava com uma concentração intensa, sua expressão séria iluminada pela luz suave de um poste próximo. Seus cabelos escuros caíam sobre a testa, e ele os empurrava para trás com um gesto mecânico e distraído.
San ficou paralisado, não por medo, mas por uma curiosidade súbita e avassaladora. Quem era aquele estranho que invadira seu santuário com sua presença silenciosa e sua melodia triste?
Como se tivesse lido seu pensamento, o homem levantou os olhos. Seus olhos eram da cor do mar em um dia de tempestade, cinzas e profundos.