Carter Woods e Trevor Brooks fudendo – Que tesão

O vento frio do outono agitava as folhas secas no campus da universidade, desenhando redemoinhos ao redor dos pés de Carter Woods. Ele estava encostado no velho carvalho, tentando focar em seu livro de filosofia, mas suas linhas eram tão densas e impenetráveis quanto a solidão que ele carregava desde que se mudara para a cidade grande.
Foi então que um som dissonante cortou o ar. Não era o vento, nem os sussurros dos outros estudantes. Era música. Alguém tentando, sem muito sucesso, tocar uma melodia triste em um violão desafinado.
Carter seguiu o som até a escadaria de um prédio abandonado de artes. Lá, sentado em um degrau sujo de graffiti, estava um garoto com os olhos fechados e as sobrancelhas franzidas em concentração. Seus dedos tentavam encontrar os acordes certos em um violão velho e surrado. Ele usia uma jaqueta de couro manchada de tinta e um par de tênis coloridos que contavam histórias que suas mãos calosas confirmavam. Carter reconheceu-o: Trevor Brooks, o estranho e talentoso aluno da turma de artes visuais, sempre cercado por uma aura de mistério e carvão.
Em vez de ir embora, Carter sentou-se a alguns degraus de distância, fechou o livro e apenas ouviu. A música era caótica, cheia de erros, mas havia uma paixão crua nela que era cativante.
Trevor parou de repente, abrindo os olhos. Seu olhar era intenso, de um verde quase dourado.
“Estou te incomodando?” ele perguntou, sua voz mais suave do que Carter esperava.
“Não,” Carter respondeu, surpreso com sua própria franqueza. “Só… nunca ouvi ninguém lutar com uma música com tanta determinação.”
Um sorriso lento iluminou o rosto de Trevor. “Ela está ganhando a luta, admito. Precisa de um cafezinho para se acalmar. Vem?”
Aquela oferta casual, feita a um completo estranho, deveria ter soado estranha. Mas para Carter, soou como um convite que ele não sabia que estava esperando.
O café se tornou um ritual. Todas as tardes, depois das aulas, eles se encontravam no mesmo banco debaixo do carvalho. Carter, com seus livros organizados e suas respostas certas. Trevor, com suas roupas manchadas de tinta, perguntas desconcertantes e um jeito de ver o mundo que tirava Carter de sua zona de conforto.
Trevor não falava sobre sentimentos; ele os pintava. Um dia, ele trouxe uma tela pequena e a entregou a Carter. Era uma pintura deles dois no banco, mas as cores eram tão vibrantes que quase doíam aos olhos. O azul da blusa de Carter era o azul do céu após uma tempestade, e o verde dos olhos de Trevor era o verde de uma floresta antiga. No fundo, as palavras de seus livros de filosofia escapavam das páginas e dançavam no ar como pássaros libertos.
“É assim que eu te vejo”, Trevor disse simplesmente. “Cheio de cores que você mesmo não enxerga.”
Carter ficou sem palavras. Ninguém jamais o tinha visto assim. Para sua família, ele era o estudante aplicado. Para seus colegas, o garoto quieto da filosofia. Para Trevor, ele era uma obra de arte inacabada e cheia de potencial.
Os dias se transformaram em semanas, e o outono deu lugar ao inverno. Um dia, uma nevasca surpresa cobriu o campus de branco. Eles correram para a estufa vazia do jardim botânico, um lugar quente e úmido que cheirava a terra e vida. O mundo lá fora estava silencioso e parado.
Sentados no chão de pedra, entre samambaias e orquídeas, o ar entre eles mudou. A conversa fluía fácil, mas havia uma tensão nova, uma corrente elétrica que parecia mais forte do que a amizade que os unia.
“Às vezes,” Trevor sussurrou, seu hálito formando uma nuvem no ar quente, “eu acho que você é a música que eu estava tentando tocar naquele primeiro dia. Complexa, linda e um pouco triste, mas… vale cada segundo de prática.”
Carter não pensou. Movido por um impulso que veio diretamente do coração, ele se inclinou e fechou a pequena distância entre eles. O beijo foi inicialmente hesitante, um toque suave de lábios frios que rapidamente se aqueceram. Sabia a café e a algo intangível, uniquely Trevor – a tinta, a criatividade e a coragem de ser exatamente quem ele era.
Quando se separaram, o mundo não tinha acabado. Pelo contrário, parecia ter começado de novo. As plantas ao seu redor pareciam mais verdes, o ar mais doce.
Trevor riu, um som baixo e feliz. “Finalmente,” ele disse, seus dedos entrelaçando-se nos de Carter. “O filósofo age em vez de apenas pensar.”
Carter sorriu, uma verdadeira e livre risada que ecoou na estufa silenciosa. Ele olhou para o garoto de olhos verdes que viu cores onde ele só via preto e branco, que ouviu uma sinfonia em seu silêncio.
E sob a abóbada de vidro, com o mundo coberto de neve lá fora, Carter Woods percebeu que tinha encontrado a mais bela e complicada de todas as verdades: o amor. E ele não estava em um livro, mas na ponta dos dedos de um artista, no sorriso de Trevor Brooks, e no espaço quente e perfeito entre suas mãos entrelaçadas.