Angel Elias fucks Isaac Blanco

“O Violino e o Cravinho”

Na pequena cidade de Lumière, onde as ruas de paralelepípedos ecoavam histórias antigas, Isaac Blanco era conhecido por dois motivos: seu talento com o violino e sua timidez quase dolorosa. Todas as noites, ele se apresentava no café “La Douceur”, encantando os clientes com melodias que pareciam vir diretamente da alma.

Foi em uma dessas noites que Angel Elias apareceu. Alto, de sorriso desarmante e olhos que brilhavam como estrelas, ele era o oposto de Isaac em quase tudo—extrovertido, impulsivo e cheio de histórias de suas viagens pelo mundo. Angel não era um artista, mas um botânico apaixonado por flores raras, especialmente o cravinho, uma pequena flor que, segundo ele, simbolizava amor e proteção.

Na primeira vez que ouviu Isaac tocar, Angel ficou parado na porta, como se o tempo tivesse parado. Quando o último acorde se dissipou no ar, ele se aproximou do palco e, com um sorriso travesso, disse:

— “Nunca ouvi um violino chorar tão bonito.”

Isaac, que normalmente fugia de elogios, sentiu o rosto queimar. Mas, para sua própria surpresa, não se afastou.

Nos dias que se seguiram, Angel voltou todas as noites, sempre com um cravinho diferente—às vezes roxo, às vezes branco—e o colocava sobre a partitura de Isaac antes do concerto. Com o tempo, os dois começaram a conversar depois dos shows, compartilhando histórias, risadas e, aos poucos, segredos.

Uma noite, durante um temporal que deixou as ruas de Lumière desertas, Isaac confessou:

— “Eu nunca sei o que dizer às pessoas… mas com você, as palavras saem sozinhas.”

Angel sorriu, tirando um cravinho vermelho do bolso e colocando-o atrás da orelha de Isaac.

— “Talvez seja porque eu não sou ‘pessoas’. Sou só o Angel, que adora ouvir você tocar… e que, de repente, não consegue mais imaginar Lumière sem você.”

E ali, entre acordes suaves e pétalas delicadas, os dois descobriram que o amor, às vezes, nasce no silêncio de um café vazio, entre um violino e um cravinho.

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