Fuck Me, I’m Stuck – Oliver Carter & Tanner Valentino

Oliver Carter era o tipo de pessoa que vivia entre as páginas dos livros. Com seus óculos de armação fina e cabelos castanhos sempre desarrumados, ele passava as tardes na biblioteca da universidade, mergulhado em clássicos da literatura e anotações de filosofia. Era quieto, observador e um pouco tímido, mas tinha um sorriso que iluminava o rosto de quem o conhecia.
Tanner Valentino, por outro lado, era o oposto. Atleta, carismático e com uma energia contagiante, ele era o capitão do time de natação da universidade. Seus olhos verdes e sorriso descontraído faziam com que todos ao seu redor se sentissem à vontade. Mas, por trás daquela confiança exterior, havia um jovem que carregava dúvidas e inseguranças que poucos conheciam.
O destino dos dois se cruzou em uma noite chuvosa de outono. Oliver estava na biblioteca, como de costume, quando a luz começou a piscar e, em seguida, se apagou completamente. Ele suspirou, fechando o livro que lia, e decidiu esperar a energia voltar. Foi então que ouviu passos rápidos e uma voz suave, mas um pouco ofegante:
— Alguém está aí? — perguntou Tanner, entrando na biblioteca com uma lanterna do celular. Ele tinha acabado de sair do treino e estava completamente encharcado da chuva.
Oliver levantou a mão, surpreso. — Estou aqui. Acho que a energia caiu em todo o campus.
Tanner se aproximou, iluminando o rosto de Oliver com a luz do celular. — Oliver, né? A gente já teve aula de literatura juntos, certo?
Oliver assentiu, um pouco surpreso que Tanner soubesse seu nome. — Sim, eu me lembro. Você é o Tanner, do time de natação.
Os dois começaram a conversar, inicialmente sobre a chuva e a falta de energia, mas logo a conversa fluiu para assuntos mais profundos. Tanner confessou que adorava ler, mas nunca tinha coragem de admitir isso para os amigos do time. Oliver, por sua vez, falou sobre como se sentia invisível às vezes, sempre escondido atrás dos livros.
A energia voltou, mas a conexão entre os dois já estava feita. Dali em diante, começaram a se encontrar com mais frequência. Tanner ia à biblioteca para ler com Oliver, e Oliver começou a assistir aos treinos de natação, torcendo discretamente pelo colega.
Uma noite, após um treino particularmente cansativo, Tanner convidou Oliver para ir à sua casa. Eles assistiram a um filme, mas mal prestavam atenção na tela. O ar entre eles estava carregado de tensão, e, quando seus olhos se encontraram, não houve como resistir. O primeiro beijo foi suave, quase hesitante, mas logo se transformou em algo mais intenso. As mãos de Tanner exploraram o corpo de Oliver com cuidado, enquanto Oliver se entregava completamente àquela sensação nova e eletrizante.
A partir daquele dia, a relação dos dois se aprofundou. Eles descobriram juntos o prazer de se conhecer, não apenas fisicamente, mas emocionalmente. Tanner ensinou Oliver a nadar, e Oliver apresentou Tanner a autores que ele nunca tinha ouvido falar. Cada momento juntos era uma descoberta, uma mistura de amor, paixão e cumplicidade.
No final do semestre, durante uma viagem de férias à praia, Tanner levou Oliver para ver o pôr do sol. Lá, com o mar ao fundo e o céu pintado de tons alaranjados, ele confessou:
— Eu nunca me senti tão vivo quanto quando estou com você, Oliver. Você me completa de um jeito que eu nem sabia que precisava.
Oliver sorriu, os olhos marejados de lágrimas. — Eu também, Tanner. Você me mostrou que a vida vai além das páginas dos livros.
E ali, sob o céu dourado, os dois selaram seu amor com um beijo que prometia durar para sempre.