Hot House – Gutter Punks – Darius Ferdynand & Ryan Rose

Era uma noite fria de outono em Nova York, e a cidade estava envolta em uma névoa suave que refletia as luzes dos arranha-céus. Darius Ferdynand, um pianista renomado, caminhava pelas ruas de paralelepípedos do East Village após um concerto emocionante. Ele estava absorto em seus pensamentos, revivendo cada nota que havia tocado, quando algo — ou alguém — chamou sua atenção.

No meio da rua, em frente a um pequeno café iluminado por luzes douradas, estava Ryan Rose. Ryan era um artista visual, conhecido por suas pinturas vibrantes e cheias de emoção. Naquele momento, ele estava sentado em um banco, esboçando em um caderno, completamente imerso em seu mundo. Darius parou por um instante, observando-o. Havia algo naquela cena que o atraía, como se Ryan fosse a peça que faltava em uma música que ele ainda não havia composto.

Sem pensar muito, Darius se aproximou.
— Desculpe interromper — disse ele, com uma voz suave e melodiosa. — Mas eu não pude evitar notar o que você está desenhando. É incrível.

Ryan olhou para cima, surpreso, mas com um sorriso nos lábios. Seus olhos verdes brilharam sob a luz do poste.
— Obrigado — respondeu, fechando o caderno lentamente. — Eu poderia dizer o mesmo sobre sua música. Estive no seu concerto esta noite. Foi… transcendental.

Darius sentiu um calor percorrer seu corpo. Ele não esperava que Ryan o reconhecesse.
— Você estava lá? — perguntou, surpreso.
— Sim. Sua música me inspira. Na verdade, eu estava tentando capturar um pouco dessa emoção no meu desenho.

Os dois começaram a conversar, e as horas passaram como minutos. Descobriram que tinham muito em comum: ambos eram artistas, ambos buscavam expressar o inexprimível, e ambos sentiam que algo faltava em suas vidas. Naquela noite, porém, parecia que haviam encontrado o que procuravam.