4 way fuck – Fabio XL, Holden Hunt, Matt Polaco, Oliver Hunt

O **”Paraíso de Holden”** não era um lugar, era um estado de espírito. Um bar à beira da estrada, com cerveja barata, um jukebox vintage e a estrada se perdendo no escuro. Holden Hunt, o dono, era um ex-motoboy com o coração tatuado nas mangas e um histórico de más decisões. Seu irmão mais novo, Oliver, era o cérebro por trás da operação, mantendo os livros equilibrados e a loucura do irmão sob controle.

Era um universo completo em si mesmo, até o dia em que o universo exterior decidiu invadi-lo.

A primeira invasão se chamava **Matt Polaco**. Um caminhoneiro de longa distância, com um sotaque carregado e um sorriso que desarmava. Ele parou por causa de um pneu furado e ficou pelo modo como Holden consertou o problema, com as mãos sujas de graxa e uma história engraçada para cada ferramenta.

A segunda invasão foi mais sutil. **Fabio XL**, um artista tatuador nômade, chegou em uma moto customizada, uma obra de arte sobre rodas. Ele procurava um lugar para passar a noite e viu no bar a estética crua e verdadeira que admirava. Ele pediu um café e ficou pelo jeito quieto de Oliver, que observava o mundo sobre a lente dos seus óculos, arrumando coisas sem chamar atenção.

O que começou como visitas casuais se transformou em uma nova rotina. Matt sempre aparecia com uma lembrança de suas viagens: uma garrafa de um licor estranho, um disco raro para o jukebox. Fabio começou a decorar o bar com seus desenhos, transformando as paredes nuas em uma galeria de sonhos e demônios.

Holden, o coração do lugar, sentiu seu mundo se expandir. Viu em Matt uma âncora, uma força constante e confiável que o fazia se sentir seguro para ser impulsivo. E viu em Fabio um espelho, alguém que também carregava sua arte na pele e na alma.

Oliver, o cérebro, se viu desafiado. Matt trouxe o caos dos caminhos, Fabio trouxe a turbulência da arte. E, no meio disso, ele se descobriu observando Fabio não como uma variável de risco, mas como uma equação fascinante que queria resolver.

Uma noite, uma tempestade derrubou a energia da cidade toda. O “Paraíso de Holden” ficou iluminado por velas, um farol no escuro. Os quatro estavam lá, por acaso ou por destino. Bebendo, rindo, compartilhando histórias no silêncio amplificado pela chuva.

E naquela penumbra, as linhas se conectaram. Holden encontrou a mão de Matt sobre a mesa e cobriu com a sua, um gesto simples e definitivo. Do outro lado do balcão, Oliver, ao passar um copo para Fabio, deixou seus dedos tocarem por um segundo a mais, e o olhar que trocaram nos disse tudo. Era o cérebro encontrando sua própria lógica no caos, e o caos encontrando um lar.

O **”Paraíso de Holden”** não era mais apenas dele. Tornou-se o refúgio de um caminhoneiro, a tela de um artista, o porto seguro de dois irmãos. Eles descobriram que o amor, às vezes, não é um par. É um quarteto. Uma melodia improvisada entre quatro corações, cada um encontrando seu acorde perfeito nos outros três, transformando um bar simples no asfalto no único lugar do mundo que qualquer um deles chamaria de lar.